
Apesar do ótimo conceito atribuído ao Curso de Medicina da UFCG, campus de Cajazeiras, por ocasião da visita, realizada no mês de junho por avaliadores da própria comissão do MEC, o curso teve impugnada sua autorização de funcionamento junto ao Ministério da Educação.
Segundo informações, a resistência partiu da Coordenadoria Geral de Regulação da Educação Superior do MEC, que tomou a decisão com base em dados defasados do Conselho Nacional de Saúde, sob a justificativa de que o curso apresenta “graves fragilidades”.
Mobilização
Vários segmentos sociais de Cajazeiras e toda a comunidade acadêmica e gestores de saúde da região estão discutindo uma grande mobilização em defesa do curso de Medicina na cidade de Cajazeiras.
O diretor do Centro de Formação de Professores, Campus de Cajazeiras, o Professor Cezário de Almeida, disse ao Parlamento PB, que não compreende os motivos para a impugnação do curso por parte da Coordenadoria Geral de Regulação da Educação Superior. “O conceito máximo de um curso é 5. Conseguimos um conceito final 3. Para um curso que possui apenas três anos de funcionamento e sob muitos aspectos, principalmente, o da infra-estrutura física, de pessoal e de equipamentos, ainda está sendo consolidado, o conceito é muito bom”, afirmou revoltado.
Luta
Já o diretor geral do Hospital Regional de Cajazeiras, Dr. Antônio Fernandes Filho, que leciona no curso de Medicina da UFCG, em Cajazeiras, declarou que lutou intensamente para trazer o curso para a cidade.
“O município possui totais condições de sustentar o curso, tendo em vista a atuação da gestão do hospital que tem investido na ampliação de diversos serviços oferecidos à população, na capacitação de profissionais e na experiência da residência médica, que tem rendido ótimas referências”, declarou o diretor.
Esclarecimento
Os deputados sertanejos Wilson Santiago (Federal - PMDB) e Jeová Campos (Estadual - PT), tentam agendar uma audiência com o Ministro da Educação, Fernando Haddad, para esta quarta-feira (28), em Brasília.
Nesta audiência os políticos, juntamente com representantes da UFCG e da sociedade civil organizada, a exemplo de MAC (Movimento dos Amigos de Cajazeiras), tentam esclarecer a situação, no mínimo conflituosa por parte do Ministério, já que também nesta quarta finda o prazo para a UFCG fazer sua contra-argumentação documental junto ao MEC para tentar reverter à decisão.
DIÁRIO DO SERTÃO
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