Em meu último comentário, cantei a pedra das estratégias que cada uma das duas principais coligações que disputam a eleição este ano na Paraíba poderiam adotar após a divulgação do resultados das duas últimas pesquisas: Consult e Ibope. Antes, falei um pouco sobre como cada grupo havia se reportado aos números.
Disse que o óbvio aconteceu: o grupo do governador José Maranhão comemorou e explicitou bem isso na mídia. Já o grupo do ex-prefeito de João Pessoa Ricardo Coutinho preferiu a desqualificação das pesquisas - em que pese eu achar que a estratégia não foi das melhores. Melhor seria, por exemplo, creditar os números ao estágio atual da campanha, quando muita gente ainda não entrou no clima dos candidatos, coisa e tal.
Mas, passado o final de semana da divulgação dos números, eis que as estratégias já estão aí, para todo mundo ver. E eu não poderia deixar de fazer a minha análise, claro.
Do lado do governador José Maranhão, que está na frente nas pesquisas, percebi o seguinte: Maranhão, do alto de seus 17 pontos - em média - de vantagem sobre Ricardo Coutinho, já trabalha para levar consigo os dois senadores. Ele quer eleger Vitalzinho e Wilson Santiago e, para isso, já deu início ao trabalho.
Uma vez eu disse aqui que se José Maranhão entrasse no guia eleitoral com aproximadamente 15% de vantagem, ele iria adotar esta postura, pois poderia indicar uma tendência de que Vitalzinho e Wilson subissem com ele. E não deu outra. O guia ainda não começou, mas a estratégia foi antecipada, em face do patamar ter sido ultrapassado antes mesmo do guia. Pode ocorrer de o guia começar com um índice até mesmo maior que este, a depender do desenrolar da campanha até lá.
Do lado de Ricardo Coutinho, a estratégia também já foi definida: o ataque. A julgar pelos discursos de Cássio, Efraim e Ricardo Coutinho no comício do sábado à noite em Campina Grande e pelas notícias publicadas em sites e blogs no final de semana, a meta é tentar desestabilizar a campanha de Maranhão, Vitalzinho e Wilson através de críticas, denúncias e coisas do tipo.
Não precisa ser nenhum gênio para constatar essa estratégia nos últimos passos dos partidários de Ricardo. Aliás, para quem está em desvantagem no jogo político, a única estratégia é esta mesmo. E, se o grupo souber colocar bem as críticas, poderá ir dando certo. Porém, caso contrário, poderá piorar a situação.
Agora, é sentar no sofá, comprar pipoca e esperar, para ver quem terá mais sorte: se o grupo Maranhista, partindo para a tentativa de eleger os três, com Maranhão puxando o bloco; ou se o grupo Ricardista, conquistando pontos preciosos que podem - ou não - ser perdidos pelo grupo do governador, com a saraivada. Aguardemos, então.
Carlos Magno
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