Aline Gadelha Batista, aluna da
Askasa (Associação samurai de Karatê) na cidade de Sousa foi expulsa no
último dia 25/10 pelo atual gestor da ASKASA João Gonçalves, (Dão) por
se recusar a idolatrar o pai do Karatê moderno Funakoshi. Aline está
revoltada e se sente injustiçada por essa atitude e por isso me enviou
um e-mail contando o que realmente aconteceu e pediu a sua publicação.
Escreveu:
Durante a minha adolescência tive problemas de bulimia e recebi orientações médicas para procurar um esporte que estimulasse minha autoconfiança e autocontrole. Procurei o karate, quando comecei a treinar em agosto de 2005 e pratiquei ininterruptamente durante dois anos, onde passei por algumas fases e cheguei ao 4° kiu (faixa laranja) com muita dedicação, mas por motivos maiores parei por um bom tempo. Com bastante saudade do esporte retornei com muita alegria e motivação em 18 de abril desse ano e cheguei ao 3° kiu (faixa verde).
No karate existe um ritual antes e depois das aulas. Momento em que alunos fazem reverencia a Funakoshi, ação essa que segundo a minha crença não posso fazer e claro que desde que eu entrei no karate eu nunca me senti na obrigação de participar de tal culto.
Funakoshi é o pai do karate moderno e nunca neguei a sua grande importância e influência sobre o karate, porém, perante o que eu acredito cumprimentá-lo como se ele estivesse vivo e presente na aula ou em qualquer outra situação é um ato de idolatria, no qual não me sinto a vontade para proceder.
Na ultima sexta-feira, dia 25 de novembro de 2011, durante o momento da reverencia o meu professor parou o ritual e me chamou a atenção “vou permitir que você assista aula hoje, mas você tem ate a próxima aula para pensar e decidir se você vai participar da reverencia a Funakoshi”, foi quando eu expliquei que eu não podia fazer tal cumprimento, pois isso estava contra os meus princípios, pois minha crença não admite esse tipo de adoração, foi quando ele impôs que eu tinha que reverenciar a imagem de Funakoshi, caso contrario eu não poderia mais treinar, ele falou claramente que só permitiria que eu treinasse naquele dia e que a partir da segunda-feira se eu não me curvasse diante de Funakoshi eu estava proibida de participar das aulas.
Sempre respeitei todos que participam desse momento, apenas eu, em consonância com minha crença e com convicção de justiça e tolerância aos meus colegas, não me submetia a tal processo elucidatório do “pai do karate na modernidade”. Vale salientar duas situações, primeiro não tenho nada contra a Funakoshi, aliás, acredito merecida qualquer homenagem ou reconhecimento desse grande mestre, mas me reservo no direito consagrado pela nossa constituição de exercer milha livre liberdade de crença e culto. Segundo, os outros atletas também com tendências religiosas das quais não permitem esse tipo de adoração não participam dessa movimentação.
Em sua face book Aline postou:
Aline Gadelha
FUI EXPULSA DO CARATE, SIMPLESMENTE PORQUE NÃO ACEITEI IDOLATRAR FUNAKOSHI. É UM ABSURDO QUE EM PLENO SÉCULO XXI AINDA EXISTA ESSE TIPO DE PENSAMENTO E ESSA FALTA DE RESPEITO. CARATE É A MINHA VIDA E ESTOU MUITO TRISTE POR TER SIDO PROIBIDA DE TREINAR, MAS TAMBÉM COM MINHA CONSCIÊNCIA TRANQUILA POR TER FEITO O QUE É CERTO, GOSTO DEMAIS DO MEU ESPORTE, MAS NÃO POSSO IR CONTRA A MINHA FÉ. MEU KIMONO FOI GUARDADO COM MUITO CARINHO, POIS ACREDITO QUE EM ALGUM OUTRO LUGAR, EM ALGUMA OUTRA ACADEMIA EU AINDA PODEREI PRATICAR O MEU ESPORTE, SEI QUE EXISTE ALGUM OUTRO PROFESSOR DE KARATE QUE SERÁ CAPAZ DE RESPEITAR MINHA CRENÇA.
Antes de publicar esta matéria estive na ASKASA, mais não encontrei o Professor João Gonçalves, mais o espaço está aberto para suas explicações sobre a expulsão da aluna.
Escreveu:
Durante a minha adolescência tive problemas de bulimia e recebi orientações médicas para procurar um esporte que estimulasse minha autoconfiança e autocontrole. Procurei o karate, quando comecei a treinar em agosto de 2005 e pratiquei ininterruptamente durante dois anos, onde passei por algumas fases e cheguei ao 4° kiu (faixa laranja) com muita dedicação, mas por motivos maiores parei por um bom tempo. Com bastante saudade do esporte retornei com muita alegria e motivação em 18 de abril desse ano e cheguei ao 3° kiu (faixa verde).
No karate existe um ritual antes e depois das aulas. Momento em que alunos fazem reverencia a Funakoshi, ação essa que segundo a minha crença não posso fazer e claro que desde que eu entrei no karate eu nunca me senti na obrigação de participar de tal culto.
Funakoshi é o pai do karate moderno e nunca neguei a sua grande importância e influência sobre o karate, porém, perante o que eu acredito cumprimentá-lo como se ele estivesse vivo e presente na aula ou em qualquer outra situação é um ato de idolatria, no qual não me sinto a vontade para proceder.
Na ultima sexta-feira, dia 25 de novembro de 2011, durante o momento da reverencia o meu professor parou o ritual e me chamou a atenção “vou permitir que você assista aula hoje, mas você tem ate a próxima aula para pensar e decidir se você vai participar da reverencia a Funakoshi”, foi quando eu expliquei que eu não podia fazer tal cumprimento, pois isso estava contra os meus princípios, pois minha crença não admite esse tipo de adoração, foi quando ele impôs que eu tinha que reverenciar a imagem de Funakoshi, caso contrario eu não poderia mais treinar, ele falou claramente que só permitiria que eu treinasse naquele dia e que a partir da segunda-feira se eu não me curvasse diante de Funakoshi eu estava proibida de participar das aulas.
Sempre respeitei todos que participam desse momento, apenas eu, em consonância com minha crença e com convicção de justiça e tolerância aos meus colegas, não me submetia a tal processo elucidatório do “pai do karate na modernidade”. Vale salientar duas situações, primeiro não tenho nada contra a Funakoshi, aliás, acredito merecida qualquer homenagem ou reconhecimento desse grande mestre, mas me reservo no direito consagrado pela nossa constituição de exercer milha livre liberdade de crença e culto. Segundo, os outros atletas também com tendências religiosas das quais não permitem esse tipo de adoração não participam dessa movimentação.
Em sua face book Aline postou:
Aline Gadelha
FUI EXPULSA DO CARATE, SIMPLESMENTE PORQUE NÃO ACEITEI IDOLATRAR FUNAKOSHI. É UM ABSURDO QUE EM PLENO SÉCULO XXI AINDA EXISTA ESSE TIPO DE PENSAMENTO E ESSA FALTA DE RESPEITO. CARATE É A MINHA VIDA E ESTOU MUITO TRISTE POR TER SIDO PROIBIDA DE TREINAR, MAS TAMBÉM COM MINHA CONSCIÊNCIA TRANQUILA POR TER FEITO O QUE É CERTO, GOSTO DEMAIS DO MEU ESPORTE, MAS NÃO POSSO IR CONTRA A MINHA FÉ. MEU KIMONO FOI GUARDADO COM MUITO CARINHO, POIS ACREDITO QUE EM ALGUM OUTRO LUGAR, EM ALGUMA OUTRA ACADEMIA EU AINDA PODEREI PRATICAR O MEU ESPORTE, SEI QUE EXISTE ALGUM OUTRO PROFESSOR DE KARATE QUE SERÁ CAPAZ DE RESPEITAR MINHA CRENÇA.
Antes de publicar esta matéria estive na ASKASA, mais não encontrei o Professor João Gonçalves, mais o espaço está aberto para suas explicações sobre a expulsão da aluna.
Blog de Ivoneide Lopes
Foto Ivandney Sena
5 comentários:
Gostei aline, e admiro sua coragem e determinação de ser fiel a sua crença! Muitos jovens hoje negam quem são para não perder o "status" e as "amizades", mas esquecem que perdem algo maior que é o amor de Deus, que é fiel mais do que tudo e todos na face da Terra! Almejo que mais pessoas possam fazer o mesmo, começando por mim! Deus a abençoe e te dê mais forças!
ELA QUER É APARECERRRRRR E ESTÁ CONSEGUINDO GRAÇAS A SITES COMO ESSE.....AFFFFFFFFFFFF
Essa é uma atitude das mas nobres que a aluna expulsa poderia tomar de não se curvar diante de de uma estátua, um deus, ou ídolo, um mito... Pergunto: onde está o direito do cidadão, garantido pela constituição federal??? Ainda, onde estão o conhecimento e o respeito desse "Professor" diante da liberdade de expressão dos outros??? Ainda bem que existem pessoas como DANIEL que preferiu enfrentar LEÕES famintos numa cova funda, do que se curvar perante um rei sem personalidade - influenciado por "puxa-sacos" - optando pelo correto: se curvar diante de quem merece honra e reverência, apenas Ele: DEUS. E ponto.
quem escreveu esse ultimo comentário deve ser um desses evangélicos fanáticos q vivem com a bíblia dbaixo do braço mais na primeira oportunidade peca contra a castidade.
Esse é um problema que não existe em academias de MMA, MUAY THAY ou JIU JITSU brasileiro, onde a democracia é aplicada, os argumentos estão corretos, e nesse contexto, sim você está certa em não idolatrar imagens, uma vez que a propria biblia condena, mas, praticar artes marciais "de guerra" é uma pratica antagônica a religião, uma vez que somo regidos pelo novo testamento, dê a outra face, porém se quizer continuar com karate, procure associações tipo ANSATSUKEN KARATE-JITSU, nós somos super democráticos e trabalhamos a construção do conhecimento em artes marciais de uma forma mais abrangente, professor Dão é um ótimo sensei, mas é muito ortodoxo, da mesma forma q um mestre de taekwondo ou de kung fu, os tempos estão modernos, o MMA está aí, o karatê precisa evoluir como fez Lyoto Machida, temos que ter uma visão de 360°, sobre artes marciais. PS: Aline você está convidada a ser sócia da nossa academia, se gostar mesmo de karatê. jjunior_karate_jitsu@hotmail.com, entre em contato.
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